Corujas e morcegos

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A porta do Inferno



Não nego o teu direito
de matar
o tempo, o espaço,
a realidade, os sonhos,
a ti mesmo
e a qualquer outro ser,
inclusive a mim.

Quem bate à porta do Inferno?

Não serei eu o teu juiz,
como não sou o teu guardião.
Sou, talvez, só um irmão,
fruto do incesto entre o teu senso
e a tua chance de pegar ou largar.

Quem bate à porta do Inferno?

És, enquanto fores, o previsto
maquiado pelo imprevisível;
o desesperado esperado
que pode chegar,
a qualquer momento,
de lugar nenhum, sabendo
aonde quer ou não quer chegar.

Quem bate à porta do Inferno?

Se alguém bate
e não és tu,
que apenas ouve as batidas
a ressoar aí dentro,
quem sabe então não sou eu
o que bate à porta do Inferno?
Seja lá quem for,
é melhor abrir logo:
pode haver a dor, o cansaço, o tédio
e seus respectivos anseios.
Vamos lá:
o dever nenhum
e as chamas (n).os esperam.
.

16 comentários:

  1. [dentro do verso, um labirinto por passagem]

    um abraço,

    Leonardo B.

    ResponderExcluir
  2. Se o que me evoca é chama, vou também.

    Beijo.

    ResponderExcluir
  3. Wilden querido!

    (Eta saudade daqui).

    Seguinte: Não sou eu quem bate a porta do inferno, isso te garanto.
    Pensando bem, vou as chamas não.

    Um beijoooooo!

    (Bem que eu vi no teu face que vc tava com o capeta hehehe)

    ResponderExcluir
  4. Quem nunca bateu nessa porta que atire a primeira chama!
    Instigante, sempre.
    Bjs e uma semana bacana

    ResponderExcluir
  5. Sou, talvez, só um irmão,
    fruto do incesto entre o teu senso
    e a tua chance de pegar ou largar

    Uau, amei isso...Gostei foi muito dessa porta do inferno.
    Beijão,

    ResponderExcluir
  6. Vamos rezar um mantra então. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista. Tomara que o inferno exista.

    Abraço!

    ResponderExcluir
  7. Nossa, criatura! Que impacto! Estou chamuscada. Essa porta do inferno tem um peso de derrubar a humanidade. Ácida e sólida. Incrível. Adoreiiii :)
    beijos
    Bípede Falante

    ResponderExcluir
  8. Principalmente as chamas, sempre bom atender o chamado das chamas...

    Belo poema, parabéns pelo espaço!

    abraço!

    ResponderExcluir
  9. Gostaria de informar que meu blog encontra-se em manutenção até segunda feira, 20/06, às19h.

    Inclusive, gostaria de te convidar pra me visitar a partir desse dia, pra celebrar comigo os 02 anos do paulinisses.

    Bjs!

    ResponderExcluir
  10. Um poema forte e de imagens tão poderosas, que só pode ser escrito por um poeta igualmente forte e cheio de criatividade.
    Grande abraço, Wilden.

    ResponderExcluir
  11. Assim não vale!!! O inferno tem portas?? E nelas tem que se bater??
    Wil eu tenho cá uma curiosidade você não se zanga com os comentários sobre seus Poemas??
    Bejo
    Peinha

    ResponderExcluir
  12. comé que vai essa força?

    abração!

    (hehehe...bão o poema, hã?)

    ResponderExcluir
  13. Precioso teu espaço e convidativo.

    Um grande abraço

    ResponderExcluir
  14. MARACANGALHO, QUERIDO!
    AGORA QUE ESSA LESADA AQUI FOI VER A RESSURREIÇÃO QUE FIZESTE!
    OMELETOU TUDO E NEM QUEBROU AS CASCAS!
    AI, CANGALHUDO, QUE RENASCI BOTANDO GEMAS E COELHADAS CLOACA ADIANTE!!!
    OVADAS MIL E BEIJOS FRITOS COM GEMA MOLE!!!

    ResponderExcluir
  15. Gostei bastante do Blog.
    Muito interessante !

    É bom ver a cada dia que passa mais originalidade nessa "blogosfera". :)

    ResponderExcluir
  16. Olá, Wilden!
    Primeriamente, obrigada pela visita ao meu blog de poesias faladas.
    Segundo, devo dizer-lhe que gostei muito do que andei lendo por aqui, uma delícia seu blog e suas poesias.
    Quem sabe, poderei também ler alguma sua qualquer dia por lá! Não deixe de me acompanhar todas as semanas, ok.
    abraço carioca

    ResponderExcluir