Corujas e morcegos

sábado, 9 de abril de 2011

Sombrio como a luz


. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . "A pé e de coração leve,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lanço-me à estrada aberta,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Saudável, livre, o mundo à minha frente,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O chão à minha frente, vasto e sombrio,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . levando-me aonde eu bem queira."

. . . . . . . . . . . . . Afoot and light-hearted, I take to the open road,
. . . . . . . . . . . . . Healthy, free, the word before me,
. . . . . . . . . . . . . The long brow path befome me, leading wherever I choose.

\ô/ . . . .

Traduzi esta primeira estrofe do longo poema Song of the Open Road, que integra o mais famoso livro de Walt Whitman, Leaves of Grass. Para me animar a prosseguir no trabalho, mostrei-a ao Teophanio Lambroso, que comentou, com a sutileza costumeira: "Por que diabos você tem de ver escuridão em tudo, seu bacurau pacóvio?"

(Não reparem, tio Teo é assim mesmo. Acha o luar, por exemplo, uma pobreza: "Coisa de quem compra lâmpadas de 40 watts porque não precisa ler à noite. A lua é o sol dos analfabetos.")

.