Corujas e morcegos

terça-feira, 10 de maio de 2011

mar da montanha


                                                                                         Seu Juca Sem Fio

como forma que não vira fórmula,
como a idéia esvoaçante que pousa,
como um sol infinito que se põe no bolso,
como doçura que nem depois de finda azeda,
como o belo que só envelhece ante olhos enrugados,
como flor que ceifada da planta rebrota na água,
como seixo que andarilha pelo leito dos rios:
contra a corrente, sem polimento, rumo
à descoberta do mar na montanha.

10 comentários:

  1. como flor que ceifada da planta rebrota na água,

    - A gente vê o mar -

    Belo Wilden, Belo!

    Um beijo!

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  2. Wilden, se você não é, sabe muito bem como ser mineiro e, ainda, nascido aqui nestas bandas de Aman-ti-kyr!

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  3. Um seixo obstinado vai longe!!!
    Amei, e coloquei esse sol infinito no bolso!
    Bjs

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  4. ...como nós pobres mortais que viemos aqui para te ler e se deleitar com belas palavras...
    Bjka

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  5. Ah!, meu Velho Barreiro, você continua embebedando minh'alma...

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  6. Tenho a bússola do ser apontada a Nordeste. Meu barro forjado entre o sertão e o sal, que são duas formas de sede. Cedo aprendi que o mar não sacia. A palavra é minha pouca saliva.

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  7. Que linda sua poesia! Amei!

    sou das montanhas; por isso meu mar é a chuva e não sinto falta de muito mais...

    Beijos!!!

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  8. Seu Juca é um mago, Wilden, o mago do imponderável!
    Abração

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