O homem mandou matar
um outro homem.
O homem é o mocinho,
o outro é o bandido.
O homem é um monte
de homens armados,
o outro é o monte de
homens que, supõe-se,
teria mandado matar.
Por isso está armado,
ainda que não esteja
armado: sua arma é
sua alma desalmada.
Almas desalmadas,
reza a Constituição,
não têm direitos.
Nem de ser presas
e julgadas, nem de
ter seus restos físicos
sepultados pelos seus.
Almas desalmadas
não carecem de tumba:
seus corpos devem ser
drasticamente lacrados
mesmo antes de morrer,
como reza a Constituição
dos bons, do mocinho.
.
O poema, como sempre, diz tudo e algo mais.
ResponderExcluirAlma desalmada é o que há de pior em uma alma...
ResponderExcluirPobre mundo onde um homem tem o poder de decidir o que é e o que não é bom para os demais, o poder de eliminar um suspeito de crimes hediondos utilizando as mesmas práticas hediondas.
ResponderExcluirÉ tudo tão sórdido e kafkiano nessa história toda, Wilden, que o "grande terrorista" desaparece sem nunca ter aparecido de fato, sem deixar dúvida quanto a sua existência. Bjs
ResponderExcluirBonita a forma como amarrou os versos, como um artesão habilidoso.
ResponderExcluirAbç
Esperemos a versão de Hollywood...
ResponderExcluirAdoro você no meu cantinho.
Brindemos!
bjs
rossana
Tecendo as palavras com fio de ouro.
ResponderExcluirBeijos
Grande verdade Wilden.
ResponderExcluirMas te juro: Que eu to amando ver o Bin Laden queimando no inferno, eu to.
Ao diabo, o que é do diabo!
Um beijo!
O poder tem DESALMA onipresente...
ResponderExcluirBeijos
A assombração que virou fantasma ou pode ser o contrário.
ResponderExcluirBj grande Wil e fds bem bacana
Tão bela essa forma que segura os versos.
ResponderExcluirÉ um encanto seu espaço, me encontro nas suas palavras.
Um grande beijo.
saravá!
ResponderExcluirbeijinhos!
Muito bom! Crítico e fiel aos fatos!
ResponderExcluirBeijão, lindeza de menino lindo!
Da briga entre o errado e o errado,
ResponderExcluiro desfecho absurdo do enredo equivocado
foi aqui perfeitamente explicado!
Um abraço.