Antônio Rebouças Falcão*
Sempre beber o vinho do copo vazio.
E observe as marés do mar ausente.
Sempre contemplar a lua no asfalto noturno.
E fume o silêncio das vozes distantes.
Sempre tomar do acaso o que ele não nos pode negar.
E goze a sombra que não se dá a ver.
Sempre abraçar a alma calada em desesperança.
E esteja em companhia da solidão mais constante.
Nunca costurar sua morte a quatro mãos.
Deixe com ela o que dela é.
\ô/
*O poeta atende no Dilema Paulistano. A ilustração é um detalhe do cabeçalho do blog, desenhado pelo próprio Antônio Falcão.
Um poema belíssimo.
ResponderExcluirVamo combinar que o que não falta é blog de poemas, só que são poucos os que conseguem marcar.
Abraços!
Gostei muito desses versos bem compostos e do blog inteiro. Abraços.
ResponderExcluirQue bons versos e desenho tb... ah e o título deste post. "Companhia da solidão mais constante", acompanhar-se da solidão é um paradoxismo muito bom!
ResponderExcluirGostei do vôo desse falcão!
ResponderExcluirBj e linda semana, Wil
Excelente o vinho desse copo nada vazio!
ResponderExcluirE obrigada por me deixar conhecer o trabalho de Antônio Falcão!
Wild...fui lá...
ResponderExcluircoronhadas na fleuma da coisa! Um coisar e tanto, rapá, que nem os seus!
Beijos nos conglomerados e veranicos do rostinho.