Corujas e morcegos

Mostrando postagens com marcador Antônio Rebouças Falcão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Antônio Rebouças Falcão. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Universo



Eram dois
apenas dois
mas se tornavam mil,
milhões de sensações
intensas, sublimes,
cada vez que eu os tocava
com as mãos,
assim como cada um deles
me descortinava o infinito
se eu o tinha quase todo na boca.

Eram isso
(dois versos
universo)
os delicados
seios seus.
.
Catei a imagem no blog da minha leitora número 1, Tânia Contreiras, que a usou há meses para ilustrar uma bela crônica sobre o romance Viagem aos Seios de Duília, de Aníbal Machado, livro inesquecível para mim também.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Educação artística



Antônio Rebouças Falcão*

Sempre beber o vinho do copo vazio.
E observe as marés do mar ausente.
Sempre contemplar a lua no asfalto noturno.
E fume o silêncio das vozes distantes.
Sempre tomar do acaso o que ele não nos pode negar.
E goze a sombra que não se dá a ver.
Sempre abraçar a alma calada em desesperança.
E esteja em companhia da solidão mais constante.

Nunca costurar sua morte a quatro mãos.
Deixe com ela o que dela é.

\ô/

*O poeta atende no Dilema Paulistano. A ilustração é um detalhe do cabeçalho do blog, desenhado pelo próprio Antônio Falcão.