. . . . . . . . . . . . . . Eis meu rosto, meus traços
. . . . . . . . . . . . . . vedados ao meu próprio olhar;
. . . . . . . . . . . . . . meu estar em mim, tão-somente
. . . . . . . . . . . . . . diante do espelho do olhar alheio,
. . . . . . . . . . . . . . meu estar perdido na escuridão
. . . . . . . . . . . . . . que não semeei; minha sorte
. . . . . . . . . . . . . . de condenado a esta vida tosca,
. . . . . . . . . . . . . . planejada e erigida por um deus
. . . . . . . . . . . . . . de pedra, uivos e esquecimento,
. . . . . . . . . . . . . . ébrio sátiro que habita e consome
. . . . . . . . . . . . . . a consciência que me imputou
. . . . . . . . . . . . . . como asas que não voam, como
. . . . . . . . . . . . . . caminhos que não terão rastros.
.
até parece um carranca...
ResponderExcluirbeijo, wil!
como passos suspensos, hiato, vácuo
ResponderExcluirabraço
- como saber de ti
ResponderExcluirse nem de mim eu sei...
- se te decifro te devoro,
almejando desvelar o enigma que sou...
- como tu, congestiono-me de interrogações e pavores
diante da escuridão...
e dos espelhos que se quebram...
frágeis
assim como eu...
***
Intenso, Wilden! Bjs
Bacana. Bacana também a imagem feita com rolo de papel ... Imitando mini estátuas dos homenzinhos de Páscoa.
ResponderExcluirPeinha
PS: Engraçado... Pensei que já o estivesse seguindo!!!???
ébrio sátiro que habita e consome! Parece com a cara-gravata que ilustra o poema heheh!
ResponderExcluirVou ter que dizer... poesia, poesia, poesia!
ResponderExcluirGosto mt.
Bjão, Wil e semana boa
Caminhos sem rastros é muito...solitário e triste
ResponderExcluirEstou no seu rastro.
Boa semana Wilden!
Bjk
Conheço bem este seu deus de pedra, uivos e esquecimento, Wil. Já me mordeu a perna mais do que o suficiente, o filho da mãe!
ResponderExcluirÉ um poema cheio de ritmo; nele a oralidade se afirma: é para ser lido alto! É íntimo, e pleno da consciência do impoderável, do sem jeito, do sem conserto,do desconcerto do mundo camoniano, do sem caminho. Coisa de gente! Bem trabalhado na antítese visual do claro/escuro, no mistério; bem inspirado, Poeta! (Sua visita é sempre uma bela ocasião para ser feliz.) Beijos!
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