Corujas e morcegos

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cardiopatia



 Na aula de biologia
a tarefa era dissecar um sapo,
expor e examinar-lhe as vísceras.

Fui bastante além
e retalhei o batráquio –
ridículo com o paletó aberto ­–
até virar picadinho,
porque não achei seu coração.

Nem ele, o meu.

5 comentários:

  1. Cardiopoesia. E por falar em vísceras, são elas que a tua poesia alcança em mim.

    Beijos,

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  2. eleonora marino duarte18 de novembro de 2011 às 10:45

    vísceras, a tania citou aqui em cima, eu gosto um ''bocado'' da palavra vísceras, dá ao verbo que a acompanha um drama excelente para um verso.

    teus versos são vísceras, a maioria deles, expõem palavras que pouco usamos e nunca usaríamos em um verso, mas quando lemos nos teus parecem mais líricas do que amor, alma, borboleta, ....

    gosto muito de tudo o que você produz. me ensinam bastante.

    um beijo de fã para você, wil...

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  3. Visceral como sempre Wilden.
    Deus me livre chegar perto de um sapo que dirá abri-lo!rsrs
    Bom fds,guri!
    Bjka

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  4. olá!..visitando pela primeira vez, realmente... seu estilo de poemar, é próprio e diferente, mas muito bom...parabéns!
    Abraços e boa semana!

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