Gosto da palavra astrolábio
tanto quanto abomino a palavra lágrima,
mas disseco uma e outra com a mesma
disciplina indisciplinada das crianças.
É assim com cada palavra que me toca,
em abraço ou em atropelamento.
Toda miséria, todo esplendor da vida
habitam as vísceras das palavras.
Da pieguice do pâncreas da lágrima
posso extrair miríades de estrelas:
enzima vital para o miolo e o coração
de todos os meus astrolábios.
.
Wilden, simplesmente maravilhoso! Meu poema de hoje, estou completa! :-)
ResponderExcluirBeijos,
nossa, wilden, suas palavras me surpreenderam... isso ficou um luxo!
ResponderExcluirbeijo.
Um poema lógico, bom de ler. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirMuito bom, poeta!
ResponderExcluirBeijinho.
Que saudade da riqueza de bons poemas! Voltei Wilden!!
ResponderExcluirWilden, ando distante dos blogs e com saudades. Astrolábio é o nome do filho de Abelardo e Heloísa. Adoro o aparelho, o filme, e suas palavras de Poeta. Beijos!
ResponderExcluirÉ profundo, muito ensina,voce é um poeta con alma e vida.
ResponderExcluirAbraços
http://visceral-genetticca.blogspot.com
Que sorte te encontrar! Estou aqui completamente encantada com os teus versos! Sigo-te! Bjão, Wilden, e mto obrigada pelo gentil comentário lá no blog!
ResponderExcluirgrande will,
ResponderExcluiradoro a palavra âmago.mas a minha favorita mesmo é suculenta.ou crua.são puras, primordias,até meio animalescas.gosto das palavras saindo das vísceras,até consigo imaginá-las se desenrolando e indo se dissecar juntas com suas lágrimas e seu astrolábio.
Wilden, meu caro, lembrei-me de "uns versinhos" de um poeta mineiro:
ResponderExcluir"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário."
Abraços!
Fiquei com a palavra "astrolábio" na cabeça...trouxe-me uma inspiração do lado de cá! Beijão!
ResponderExcluirAdorei, Wilden!
ResponderExcluirAbração.
sou ingrata, não sou?
ResponderExcluirnunca venho!
mas quando venho me arrependo de não ser constante...
pérola recolhida:
Toda miséria, todo esplendor da vida
habitam as vísceras das palavras.
um beijo.