da sombra
(de nossos tantos corpos sempre um só) deitada
por tanta luz de tardes, noites e manhãs
ao medo
de que a mim tu me afogasses de tanta sede
do quanto tantas vezes em ti eu virei mar
de sangue
que azul verteste a cada mês por tantas luas
com tanto filho teu a que neguei o sol e dei
a-deus
(silenciado em tantos cantos que não cantávamos)
a cantar por si com tanta voz de silêncio
de beijo
nunca entanto tantos até beijar-se um único:
o que deixaste em mim p’ra ser a minha boca
E um poeta há de precisar da boca?
ResponderExcluirQue o poeta tenha pena
para escrever mais poema...
Assim.
bj
Rossana
A língua do céu na boca do inferno, Wilden. Ou será o contrário?
ResponderExcluirAbraço
O erotismo e a sensualidade da língua, da linguagem. Corpos e palavras se fundem na confusão do amor. Assim o poeta revela a febre da linguagem amorosa e os desatinos dos apaixonados. belo poema, sim! Beijos!
ResponderExcluirQue amor profundo e fecundo! Todavia mordaz!Nele se afoga sedento e vira sofrimento...
ResponderExcluirPoesia para apenas ler e se deliciar.
Abraços
Wilden, ultimamente você tem estado romântico.
ResponderExcluirSerá AMOR?
Beijoooo!