Corujas e morcegos

domingo, 24 de abril de 2011

Ressurreição



. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Para Carla Diacov.'os!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos de galinha
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos de codorna
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos de beija-flor
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos de lagartixa

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de avestruz
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de elefante
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de godzila
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de pégasus

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dos mais variados
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . calibres;
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . munição farta,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . incalculável

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . casca ou todo chocolate
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . preto ou branco e, antes,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . da cor do sacrifício, da
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dor do coelho poedor

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ovos

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . que deles advenha, ao
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . menos, como sempre,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a ressurreição
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . da cloaca leporina,
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dadivosa encarnação do
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . espírito consumista cristão

 .

11 comentários:

  1. nham! nham! nham! nham!...

    (ovação com boca e mãos cheias d'ovos leporinos)

    Abraço

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  2. Que ovos estalem
    dentro do coração
    humano
    ...

    (talvez com o estalo
    alguém acorde)

    forte abraço,
    poeta.

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  3. A ema gemeu, viu? porque diz que foi excluída
    dessa "ambrosia", e a galinha falou que foram apenas TRÊS !!!
    Sei não, com tanta ovação o quê fazer?
    Rio muito com tua irreverência, "desopila" meu fígado... :)

    beijo

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  4. Legal o poema e aproveito para lhe desejar uma abençoada páscoa. Páscoa significa passagem.Então desejo que todos os dias de sua vida sejam uma Páscoa, uma passagem.
    Que todo dia você passe da tristeza a alegria, da mágoa ao perdão, do desânimo a coragem, da descrença a fé, do desamor ao amor.
    Desejo também que você passe dos desejos materiais aos desejos imateriais, dos pensamentos pequenos aos pensamentos edificantes.
    Desejo, enfim, que você consiga fazer a passagem diária de transformação interior.
    FELIZ PÁSCOA!!

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  5. E bota espirito consumista cristão nisso, afff!

    Wilden, me deu até vontade de fritar um.

    Um beijo!

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  6. Não compartilho desta tua visão sacrílega, herética, blasfema!

    Semana Santa é coisa séria. Só não como peixe na Sexta porque a espécie que eu curto anda em falta no mercado: sereia. Mas pego leve. Churrasco só de patinho (que é ave) ou cupim (inseto).

    Vê se te emenda, Wil!

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  7. Sim, pobre coelhinho. Quem devia cuidar dos ovos, Wilden, é o Papai Noel, que tem saco grande!

    Beijos

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  8. Wil,
    Preto, branco, isso me lembrou um certo vendedor de amendoim no baixo Leblon, quanto a ovação, melhor deixar o Gilberto Gil falar, ou será Louvação? deixa pra lá, o coelho já passou, rápido como o da Alice.
    Bjão querido e boa semana

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  9. gostei da dedicatória,

    abraço

    p.s. e do poema também

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  10. Preciso pensar, é muita informação num só poema. Então o coelhinho da páscoa é uma espécie reacionária em relação à teoria evolucionista de Darwin, um mamífero poedor com cloaca de ave ou réptil? Uma espécie fake, de terroristas em auto-sacrifício, desenvolvida nos laboratórios de marketing do creacionismo?

    Mas esta minha interpretação também pode ser motivada por uma ressaca pós porre de chocolate.

    Abraço.

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  11. Olha, valeu mesmo pelo comentário no Atestado do Óbvio. Tenho que dizer que concordo contigo.

    Meu modo de escrever já mudou algumas vezes e não duvido, aliás, anseio que continue mudando. Até a estafa, ao amadurecimento ou à degradação total.

    Ainda tenho muito o que aprender, sou uma iniciante no caminho das palavras. Ainda faço tudo muito espontaneamente, empiricamente e a poesia cresce através de estudos e de esforços.

    Um dia eu aprendo e paro de só brincar com as palavras e começo a levá-las a sério.

    Abraço.

    p.s: Fique sempre à vontade para visitar meu blog, e melhor ainda, para dar suas opiniões.

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