Corujas e morcegos

terça-feira, 16 de julho de 2013

Uma flor apenas



Gosto das flores solitárias

as que reinam nos horizontes das colinas
as que acendem e ascendem os baixios
as que implodem as cavernas e grotões
as que inflamam como vulcões as montanhas.

Quero assim, para que mais?
quem precisa de canteiros e buquês?
todas as luzes e fragrâncias da alma
estão contidas na misteriosa incontinência

de um único naipe de pétalas.

9 comentários:

  1. Para um grande jardineiro, uma flor basta!

    Beijos

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  2. Ah, que coisa que me arrebata, porque adoro as flores solitárias, as de beira de estrada, de precipícios, as que reinam com o cetro da solidão!

    Beijos,

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  3. [estou certo que a poesia, tarde ou cedo, reconstruirá o mundo inteiro, uma pequena casa, que seja...

    e para começar, uma flor, uma pétala, uma palavra... o quanto basta!]

    Um imenso abraço, Wilden

    Lb

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  4. Manifesto a favor do individualismo floral. Diferente da andorinha que sozinha não faz o verão, parece que uma flor faz toda a primavera. Sério, uma beleza de poema!

    Abração!

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  5. "não sou simples
    uma flor não é simples
    é uma flor
    e não cede"

    Roberval Pereyr



    abraço

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  6. Gosto do seu poema!
    Mas devo dizer também que gosto de flores...estejam elas onde estiverem...simples...sós...acompanhadas...
    Abraços.

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