Corujas e morcegos

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Era mesmo você?



Era mesmo você que vinha vindo
em minha direção, naquela tarde
de maio, quando perdi a direção?

Eram seus os olhos que me viam
caminhar no instante em que perdi
a passada ao me perder de vista?

Quanto do que senti por você
tão intensamente aquele dia
é hoje, na memória esgarçada,

o que era você ou o que sou eu?
 

7 comentários:

  1. Sem duvida, um sentimento universal; pelo que não passo a muito...
    Linda poesia.
    Esse 'jogar' como que somos, e não somos, ou o que deveríamos ser quando não somos, ou quando nossa soma nada nos adiciona; é interessante!

    Abraço, Wilden.
    Gostei de vir aqui.

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  2. Era? Não sei...Mas corri pra te ler quando vi que postou. Como sempre, te ler é te ler e te ler...:-)
    Beijos,

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  3. wilden,

    irrepreensível questão!

    muito belo teu verso!

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  4. nem zeus sabe... e olhe lá!

    saiba que não perco sua voz de vista...

    beijo, senhor barreiro*

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  5. Era mesmo você. Não sei se era eu :)
    Adorei de qualquer forma quem for!
    beijoss

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  6. Há certos encontros que podem nos fazer perder a eira e a beira...

    Lindíssimo poema! Comentei tempos atrás no FB da Tânia Contreiras, e, depois me arrependi, porque gosto de comentar aqui. De tudo o que já li de você, um dos mais belos!

    Um abraço,

    Suzana/LILY

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