Meus olhos, mais que as unhas,
precisam ser aparados regularmente,
porque o defunto que um dia serei
costuma tomar como suas
paisagens minhas que deixo,
levado pela emoção,
transbordar da vida.
Me faço vermes, então,
e devoro esse corpo inerte
que – junto com o meu próprio –
ladeiam-me a alma como orelhas.
Que ele exista desde já, se lhe apraz,
mas só por breves momentos:
enquanto vida houver,
minha alma será Van Gogh.
Olá..Parabéns pelo poema..
ResponderExcluirAlma Van Gogh.....Forte seu poema!!
bj
Você também é um poeta inquietante...E vicia.
ResponderExcluirBeijos,
Poema amarelo intenso como os girassóis alaranjados. Mas também com a sombra dos comedores de batata. Beijos!
ResponderExcluirFaçamo-nos todos vermes!
ResponderExcluirAbraço
A Tania tem razão, a sua poesia é sempre inquietante, e viciante. Bjs
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