.
Uma mulher que seja
a voz e o sentido do mar
revolto que me envolve,
mesmo e principalmente
quando eu estiver só.
Uma mulher que saiba
cerzir a minha alma rota
com fogos de arrepio;
que creia, sem dúvidas,
na minha descrença;
que espere, que propicie
luz à minha desesperança.
Uma
mulher sem adjetivos
para o que sinto e sou:
que me queira por inteiro,
sem jamais me comparar
a ninguém – nem mesmo
e mormente àquele que,
ontem ou até um segundo atrás,
me foi.